Fonte: CNN Brasil
Fiona Harvey, mulher que diz ser a suposta “Martha” da série “Bebê Rena” da vida real, deu uma entrevista sobre a produção na tarde desta quinta-feira (9). Por lá, chamou Richard Gadd, criador e ator protagonista da série, de “psicopata e misógino”.
Lançado na Netflix em abril deste ano, o seriado acompanha a relação entre um comediante – que é interpretado por Gadd – e uma mulher que se torna obcecada por ele após um gesto de simpatia do mesmo. O que mais impressionou o público é que o enredo e o desfecho da história são inspirados na história real e pessoal do protagonista.
O jornal Daily Mail já havia divulgado que a mulher – que então queria permanecer anônima – estaria considerando entrar na justiça por difamação contra Gadd e a Netflix. Agora, em nova entrevista, ela reforça o desejo.
Ao jornalista Piers Morgan, Fiona Harvey buscou dar “sua versão” dos eventos relatados na série. Embora diga que a série é “cheia de mentiras”, garante que a personagem foi inspirado nela. Ela relata que irá processar Richard Gadd e a Netflix por difamação.
“Topei essa entrevista porque achei que você ia me ouvir de forma justa”, começou dizendo Fiona ao apresentador.
Fiona Harvey afirma que não assistiu “Bebê Rena”, e que ficou sabendo sobre a produção e a associação ao seu nome através do jornal Daily Mail, que a procurou e contou tudo sobre o conteúdo da série.
“Eu não assisti nada, acho que ficaria mal”, disse ela. “Estou com medo de procurar as notícias, para caso de eu estar envolvida em algum circo. Quando eu fiquei sabendo, não achei que as coisas ficariam tão sérias”, complementou.
Através da série, Richard Gadd relata que a mulher que virou sua stalker por anos, e que a mesma chegou a mandar mais de 41.071 e-mails, 350 horas de mensagens de voz, 106 páginas de cartas, 744 tweets e 46 mensagens no Facebook.
A Piers Morgan, Fiona negou tudo. Disse que nunca enviou mensagens de voz para o comediante, nunca o contatou no Facebook, elaborou apenas uma carta, escreveu apenas “alguns poucos” tweets no X (na época ainda chamado de Twitter), e bem menos e-mails do que o relatado.
“Uma pessoa que manda tudo isso de e-mail seria obcecada por ele, eu não era essa pessoa”, relatou.
Fiona também disse que acredita que Richard Gadd possui problemas psiquiátricos graves. “Qualquer pessoa que faz isso que ele fez, mentir e inventar, é psicótico.”
A mulher também afirma que nunca perseguiu a família de Richard ou sua namorada, já que, de acordo com ela, “ele não tinha uma, já que é homossexual”.
No início da série, o personagem de Richard oferece à “Martha” uma bebida de graça, pois fica com pena dela aparentar estar triste e sozinha. Fiona disse que isso nunca aconteceu e que pagava pelas próprias coisas.
Ela também afirmou que nunca foi até a casa dele ou o contrário.
“Ele deveria olhar para si mesmo, para uma pessoa que precisa de ajuda”, disse ela sobre o criador da série. Ela ainda complementou afirmando que ele criou tudo isso por dinheiro, já que “fracassou” na carreira.
Fiona Harvey diz que quer processar tanto Richard, quanto a Netflix, já que nenhum deles nunca a procurou para falar sobre a série.
“Eu estou pronta para processar e deixar vasculharem todas as minhas coisas”, pontuou a mulher. “Ele é psicopata e misógino, e faz dinheiro a custa de coisas falsas.”
Finalizando a entrevista, Fiona disse que “não posso mudar a mente de vocês, mas preciso rebater tudo, ele é um mentiroso, essa é a verdade.”
Em matéria publicada no jornal Daily Report, Harvey diz ter sido paga para dar a entrevista a Morgan. Segundo a escocesa, ela recebeu £250 (cerca de R$ 1.611) pela entrevista de 30 minutos.