Fonte: Agência Alagoas
Os artesãos alagoanos Cláudio Capela, Mestra Irinéia e Nem participaram da segunda edição da exposição-feira Arte dos Mestres. Eles foram selecionados pelos curadores da mostra, Josiane Masson e Marco Aurélio Pulchério, para representar o estado ao lado de outros 12 mestres e coletivos vindos do Acre, Bahia, Ceará, Mato Grosso, Minas Gerais, Pernambuco e Piauí.
O evento aconteceu no Espaço State, em São Paulo, entre 28 de agosto e 1° de setembro. Cláudio Henrique Freire da Silva, mais conhecido como “Cláudio Capela”, apresentou miniaturas em barro inspiradas no cotidiano de Capela, sua cidade natal, e nas memórias de infância com seu tio, mestre João das Alagoas.
As peças, criadas especialmente para o evento, foram vendidas no primeiro dia da exposição e encantaram o público com a riqueza de detalhes e simplicidade. Atualmente, o trabalho de Cláudio faz parte do acervo do Museu do Pontal, no Rio de Janeiro, e esteve na 2ª Bienal Internacional de Cerâmica de Jingdezhen, na China, entre dezembro de 2023 e junho de 2024.
Orgulho para Alagoas
A secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa de Alagoas, Mellina Freitas, celebrou a participação dos artesãos alagoanos.
“A participação dos nossos artesãos na exposição é motivo de grande orgulho para Alagoas. O talento de Cláudio Capela, Mestra Irinéia e Nem evidencia a riqueza cultural do nosso estado e reforça o compromisso do governador Paulo Dantas em valorizar e promover nossos mestres artesãos. Por meio de iniciativas como o programa Alagoas Feita à Mão, da Secretaria de Estado de Relações Federativas e Internacionais, e o Registro do Patrimônio Vivo, da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa, temos conseguido levar a cultura alagoana para além das fronteiras, proporcionando reconhecimento e oportunidades para esses artistas em eventos de prestígio nacional e internacional”, disse.
Mestra Irinéia Rosa Nunes da Silva, de 77 anos, apresentou suas icônicas esculturas em barro, incluindo as famosas “Cabeças” e “Beijos”. Apesar das dificuldades de saúde e da produção limitada, contou com a ajuda de familiares para criar as peças para o evento.
Dona Irinéia, que é “Patrimônio Vivo de Alagoas” desde 2005, foi a primeira ceramista a produzir obras figurativas no povoado de Muquém, remanescente do Quilombo dos Palmares, município de União.
Adeildo Gomes dos Santos, conhecido como “Nem”, se destacou com suas peças únicas feitas a partir de madeiras de troncos mortos e canoas antigas. Seus designs exclusivos revelam a mistura entre carpintaria naval e a estética da Ilha do Ferro, mantendo a autenticidade da madeira em formas orgânicas e retorcidas. Todas as suas peças foram vendidas no evento.