BBC
Após passar algumas horas fora do ar nos Estados Unidos neste domingo (19/1), o TikTok iniciou a retomada de seus serviços para os 170 milhões de usuários no país.
A volta acontece após uma série de declarações do presidente eleito Donald Trump, que toma posse na segunda-feira (20/1), sobre a tentativa de acordos para permitir o funcionamento da rede social chinesa nos EUA.
O aplicativo havia suspendido sua operação depois que a Suprema Corte do país confirmou uma lei na sexta-feira (17/1), estabelecendo que o serviço teria que ser vendido a uma empresa americana para continuar funcionando.
A legislação foi aprovada no Congresso americano sob argumento de “resguardar a segurança nacional” e prevenir que uma empresa com origem em outro país pudesse coletar grandes volumes de dados de dezenas de milhões de americanos.
Em um comunicado neste domingo, o TikTok informou que estava no processo de “restaurar o serviço” apenas algumas horas após ficar inacessível.
A empresa agradeceu ao presidente eleito por “fornecer a clareza e garantia necessárias” e afirmou que trabalhará com Trump “em uma solução de longo prazo que mantenha o TikTok nos Estados Unidos”.
Mais cedo, Trump utilizou as redes sociais para anunciar sua intenção de adiar a proibição do TikTok por meio de uma ordem executiva, com duração de 90 dias.
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Segundo ele, essa ordem daria à empresa tempo para encontrar um parceiro nos EUA que adquirisse uma participação de 50% na companhia.
“Gostaria que os Estados Unidos tivessem uma posição de 50% de propriedade em uma joint venture (parceria entre duas ou mais empresas)”, afirmou Trump.
“Ao fazer isso, salvamos o TikTok, mantemos ele em boas mãos e permitimos que continue operando. Sem a aprovação dos EUA, não há TikTok. Com a nossa aprovação, ele vale centenas de bilhões de dólares – talvez trilhões,” continuou o presidente eleito.
A ByteDance, empresa dona do aplicativo, sempre disse não ter intenção de vender sua operação no país.
Na mensagem mostrada para os usuários que tentaram abrir o TikTok nos Estados Unidos no domingo, a plataforma informava sobre a indisponibilidade devido a uma lei do país e afirmava que Donald Trump indicou que trabalharia numa solução para o impasse.
Havia especulações de que, com a proibição entrando em vigor neste domingo, o app não deixaria instantaneamente de funcionar no país, mas não poderia ser mais atualizado — o que faria com que o serviço se tornasse obsoleto com o tempo.
Mas o próprio TikTok tomou uma ação muito mais decisiva, tirando o serviço do ar por algumas horas.