Após o sucesso da estreia do Cine Biblio, a Biblioteca Pública Estadual Graciliano Ramos realiza mais uma edição semanal do projeto com produções alagoanas, nesta sexta-feira (7), a partir das 12h. A exibição dos documentários acontece no auditório da Biblioteca, com entrada gratuita e duração de cerca de 1h30min.

“Estamos muito felizes com o sucesso do projeto cultural Cine Biblio, e nossa missão é continuar oferecendo uma programação diversificada e de qualidade”, disse a secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa, Mellina Freitas.

“Cada filme traz uma perspectiva única e relevante sobre a realidade alagoana, abordando temas variados desde a pandemia até a vida trans em Alagoas. É uma oportunidade imperdível para todos que desejam conhecer mais sobre nossa cultura e histórias locais”, completou a supervisora da Biblioteca, Mira Dantas.

Durante a edição, serão exibidos sete produções. Abrindo a lista temos “Visão das Grotas”, um documentário produzido e filmado por jovens moradores das grotas e comunidades periféricas de Maceió. Com seus próprios celulares e orientados remotamente, o grupo registrou os impactos, percepções e relatos locais sobre a pandemia da Covid-19, a partir das histórias, vozes e visões das grotas. A classificação indicativa é de mais de 12 anos.

“Ontem à noite” narra a história de dois personagens que aparentemente ocupam espaços e posições contrapostas, mas que se tocam pelo viés do desejo. Sujeitos que escapam da vida planejada, Felipe e Vivian extraviam-se, põem-se à deriva e têm sua condição de vítima evidenciada por uma fatalidade. A classificação indicativa é acima de 16 anos.

Em “A prima”, dirigido por Pedro da Rocha, três irmãos (Isaías, Josué e Elias, o Nenen) educados para servirem a igreja e obedecerem a rígidos padrões conservadores, têm suas vidas reviradas pelo avesso com a chegada da prima Dalvinha na casa em que vivem, para passar uma temporada entre eles. Uma obra com classificação indicativa acima de 18 anos.

“Relato número um”, dirigido por Elizabeth Caldas, aborda uma narrativa sobre um corpo gordo, disforme, já isolado socialmente, atravessado agora, por uma pandemia. Como uma sociedade padronizada e violentamente magra reage aos anseios de um corpo perseguido? A classificação indicativa é livre.

“Carlos Moliterno – Poeta alagoano”, um vídeo de Arla Coqueiro e Cláudio Manoel Duarte, produzido em Maceió, Alagoas, em dezembro de 1996, editado em 1999. Produzido originalmente em fita magnética (SD).

Já a produção “O Espectador”, dirigida por Raphael Lessa, conta a história de André, um jovem de 20 anos, que alimenta frustrações na sua vida como consequência de suas escolhas. A classificação indicativa é de 14 anos.

Para fechar a programação, o documentário “Marcas de Expressão – O Reflexo da Vida nas Ruas” aborda sobre a vida trans em Alagoas dos anos 90 até os dias atuais. Natasha Wonderful e Cristiane Efrré são convidadas para compartilharem um pouco dos seus depoimentos sobre o mundo trans no estado. Um documentário poderoso e que certamente deve ser visto pelo máximo de pessoas possível. A classificação indicativa é de 14 anos.