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O ator Bruno Gagliasso, 42, admitiu que “era racista” antes de adotar seus filhos mais velhos, Titi, 11, e Bless, 9, com a esposa, Giovanna Ewbank, 38.
O astro explicou que precisou desconstruir comportamentos enraizados quando deu as boas-vindas aos herdeiros durante sua participação no programa Sem Censura, da TV Brasil,
“Aprendi vivendo. Eu era racista, né? A gente cresceu numa sociedade racista, que fez a gente se tornar racista. Então, acho que é um processo que todo mundo tem que fazer. Primeiro, você tem que se reconhecer como. E aí, ir trabalhando e aprendendo. E não buscar e não esperar que queiram ensinar a gente”, afirmou Bruno, que também tem o filho Zyan com a esposa.
O artista revelou que passou a entender melhor questões raciais ao presenciar episódios de discriminação enfrentados pelos próprios filhos.
“Eu fico muito feliz de ter aprendido com a paternidade; ao mesmo tempo, muito triste de só ter que aprender na paternidade. Na pele eu nunca vou viver, mas na alma eu vou, porque não existe amor maior do que dos meus filhos. É uma dor que não dá para explicar”, desabafou.
Gagliasso também relembrou as críticas que recebeu por ter adotado crianças fora do Brasil.
“Eu ignoro. Você tem duas opções: ou você recebe amor ou você perde seu tempo prestando atenção em ‘hater’. Lembro que na época não foi nem sobre adoção de duas crianças pretas, foi adoção de duas crianças africanas. Desde quando amor tem CEP? Essa foi minha resposta. Não fui à África para adotar. Aconteceu da gente estar lá e o amor bater”, justificou.